quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Fogo de Santelmo e Tromba Marítima

Ambos os episódios são naturalistas e descrevem “cousas do mar” que os sábios não entendem mas que Vasco da Gama e a sua tripulação presenciaram. Camões faz uma breve referência a este “lume vivo“ salientado que os olhos dos marinheiros não os enganavam pelo uso de um pleonasmo do verbo ver = “Vi, claramente visto, o lume vivo”.
Este fogo aparece na extremidade dos mastros e vergas dos navios em altura de tempestade, e que resulta de descargas eléctricas.
A tromba marítima é reflectida como um enorme tubo que aumentava em direcção ao céu, partia de um “vaporzinho”, adensava-se chupando a água das ondas para uma nuvem que se carregava para esvaziar uma violenta chuvada sobre o oceano.
É feita a descrição em pormenor da formação da tromba de água, e nas duas últimas estrofes, o poeta salienta que os marinheiros por experiência própria, têm mais capacidades de explicar estes fenómenos naturais, do que os sábios que o fazem por meio de obras escritas, teóricas.

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