O período da história contemporânea de Portugal conhecido
como “Estado Novo” está indissoluvelmente ligado à figura de António de
Oliveira Salazar, que manteve o poder político e governou o país por mais
de quatro décadas, sob fundamentos ideológicos associados ao fascismo italiano,
como o nacionalismo, o autoritarismo, o corporativismo e o pensamento
conservador.
A aprovação de uma nova Constituição para Portugal no ano de
1933 marcou o começo do período, alicerçado na Ditadura Nacional, regime
militar estabelecido em 1926, que dispôs uma fase de transição caracterizada
principalmente pela suspensão da Constituição Portuguesa de 1911.
A imposição das novas condições visava acabar com as facções
de oposição ao pensamento do governo, como o liberalismo e o comunismo, que no
entanto, deu direito de voto às mulheres e assegurou ingressos justos para as
chamadas classes operárias.
Outras características marcantes do regime foram: uma
ideologia com forte componente católica, apoio na propaganda política, criação
de organizações juvenis (Mocidade Portuguesa) para transmitir aos jovens a
ideologia do regime, a organização de uma polícia política repressiva
(conhecida por PIDE), uma atitude aberta e ativamente anticomunista, que lhe
permitiu aliar-se aos E.U.A, durante a Guerra Fria.
O Estado Novo e a Revolução dos Cravos
O Estado Novo e a Revolução dos Cravos
Após o retiro de António de Oliveira Salazar,
foi substituído por Marcelo Caetano desde 1968, quem, longe de ser o agente de
câmbio que o país esperava, continuou as políticas de seu predecessor, que
deixaram a Portugal em uma situação cada vez mais crítica.
O Estado Novo, após 41 anos de vida, foi derrubado no dia 25
de Abril de 1974, com um golpe efetuado por militares do Movimento das Forças
Armadas – MFA.
Cansada da repressão, da censura e da guerra, a população
apoiou ativamente as ações golpistas.
A Revolução dos Cravos, como foi conhecida esta insurreição,
não causou vítimas nem feridos. O caráter pacífico deste evento explica a
impotência do governo do Estado Novo para enfrentar-se aos setores de oposição.
Fonte: http://www.historiadeportugal.info/estado-novo/
Fonte: http://www.historiadeportugal.info/estado-novo/
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