AS CONFERÊNCIAS DO CASINO
Foram organizadas por Antero, Eça, Teófilo de Braga e outros. Antero fez a apresentação das conferências, indicando o vasto campo que elas focariam: Filosofia, arte, literatura, política, religião, etc., isto é, tudo o que pudesse interessar ao homem português de então.
A primeira conferência, sob o título Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos últimos três Séculos, foi pronunciada por Antero, o qual, em atitude demolidora, atribui a alegada decadência ao colonialismo, à acção da Igreja Católica saída do Concílio de Trento e ao absolutismo régio. Mais conferências se realizaram e Eça de Queirós, numa delas, focou o tema O Realismo Como Nova Expressão de Arte, onde traça as normas do romance realista. "O Realismo é a negação da arte pela arte; é a proscrição do convencional, do enfático, e do piegas. É a abolição da retórica considerada como arte de promover a comoção usando da inchação do período, da epilepsia da palavra, da congestão dos tropos. É a análise com o fito na verdade absoluta. Por outro lado, o Realismo é uma reacção contra o Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do carácter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos para condenar o que houver de mau na nossa sociedade".
Como se vê, o Realismo foi uma reacção clara contra o Romantismo.
Foram organizadas por Antero, Eça, Teófilo de Braga e outros. Antero fez a apresentação das conferências, indicando o vasto campo que elas focariam: Filosofia, arte, literatura, política, religião, etc., isto é, tudo o que pudesse interessar ao homem português de então.
A primeira conferência, sob o título Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos últimos três Séculos, foi pronunciada por Antero, o qual, em atitude demolidora, atribui a alegada decadência ao colonialismo, à acção da Igreja Católica saída do Concílio de Trento e ao absolutismo régio. Mais conferências se realizaram e Eça de Queirós, numa delas, focou o tema O Realismo Como Nova Expressão de Arte, onde traça as normas do romance realista. "O Realismo é a negação da arte pela arte; é a proscrição do convencional, do enfático, e do piegas. É a abolição da retórica considerada como arte de promover a comoção usando da inchação do período, da epilepsia da palavra, da congestão dos tropos. É a análise com o fito na verdade absoluta. Por outro lado, o Realismo é uma reacção contra o Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do carácter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos para condenar o que houver de mau na nossa sociedade".
Como se vê, o Realismo foi uma reacção clara contra o Romantismo.
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