quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Fontes consultadas por Camões

Nacionais

Fernão Lopes

-Crónicas de D.Pedro, D.Fernando e D.joão, 1430/50.

Rui de Pina

-Crónicas de D.Sancho I,D.sancho I, DAfonso III, D.Dinis e D.Afonso IV, 1460.

Duarte Galvão

- Crónica de Afonso Henríques.

Fr. João Álvares

- Cronica do infante D.Fernando.

João de Barros

-Crónica do Imperador Clarimundo, 1520. Asia:Década I , 1552.

Fernão Lopes de Castanheda

- Historia do Descobrimenyo e conquista da Índia pelos portugueses, 1551.

Diogo de Couto

-Décadas.

Garcia de Resende

Crónicas de El-Rei D.João II, 1545.

Pedro Nunes

-Tratado da Sphera.

Garcia de Orta

-Colóquios dos simples e drogas e coisas medicinais da Índia, 1563.

Internacionais

Grécia

-Ilíada

em 24 cantos narra as aventuras de Aquiles na guerra de Tróia, antes da tomada da cidade.

-Odisseia

em 24 cantos narra as aventuras de Ulisses no seu regresso a Ítaca depois da guerra de Tróia.

Roma

-Eneida

Em 12 cantos, narra as aventuras de Eneias que , estando perdido é ajudado pro vénus a dirigir-se á região do lãcio, onde fundará a cidade de Roma.


Índia

-Ramayana Mahabharata

Nestes Poemas míticos que narram as <<gestas>> dos seres subrenaturais, os heróis são emanações do próprio bem e inimigos do mal.

Idade Média

-Cantar de Mio Cid

Em Três cantares se ilustra o ideal de cruzada na luta contra os mouros, incarnado pelo herói Rodrigo Diaz de Bívar.

-Chanson de Roland

Aqui se narra a derrota de carlos Magno nos Pirenéus, infligida pelos Bascos, onde o Herói Roland e morto.

-Olrando Enamorado

Dividido em 69 cantod, mistura-se ideais de cruzzada nas lutas contantes de critãos contra mouros, com eventuras cavaleirescas e amorosas.

-Orlando Furioso

Em 46 cantos, narra a mesma temática de Orlando Enamorado.

-Jerusalém libertada

Esta epopia narra a conquista de Jerusalém pela mão do herói Godo-fredo de Bulhoões nna primeira cruzada que os cristãos, apedido do papa, realizaram á Cidade santa para repelir os Mouros.

LUÍS VAZ DE CAMÕES - OS LUSÍADAS


Os Lusíadas é considerada a principal epopeia da época moderna devido à sua grandeza e universalidade.
As realizações de Portugal desde o Infante D. Henrique até à união dinástica com Espanha em 1580 são um marco na História, marcando a transição da Idade Média para a Época Moderna. A epopeia narra a história de Vasco da Gama e dos heróis portugueses que navegaram em torno do Cabo da Boa Esperança e abriram uma nova rota para a Índia.
É uma epopéia humanista, mesmo nas suas contradições, na associação da mitologia pagã à visão cristã, nos sentimentos opostos sobre a guerra e o império, no gosto do repouso e no desejo de aventura, na apreciação do prazer e nas exigências de uma visão heróica.

LUÍS VAZ DE CAMÕES - BIOGRAFIA

Desconhece-se a data e o local onde terá nascido Camões. Admite-se que nasceu entre 1517 e 1525. A sua família é de origem galega que se fixou na cidade de Chaves e mais tarde terá ido para Coimbra e para Lisboa, lugares que reivindicam ser o local de seu nascimento. Frequentemente fala-se também em Alenquer, mas isto deve-se a uma má interpretação de um dos seus sonetos, onde Camões escreveu " / Criou-me Portugal na verde e cara / pátria minha Alenquer ". Esta frase isolada e a escrita do soneto na primeira pessoa levam as pessoas a pensarem que é Camões a falar de si. Mas a leitura atenta e completa do soneto permite concluir que os factos aí presentes não se associam à vida de Camões. Camões escreveu o soneto como se fosse um indivíduo, provavelmente um conhecido seu, que já teria morrido com menos de 25 anos de idade, longe da pátria, tendo como sepultura o mar.


Entre 1542 e 1545, viveu em Lisboa, trocando os estudos pelo ambiente da corte de D. João III, conquistando fama de poeta e feitio altivo.


Viveu algum tempo em Coimbra onde teria frequentado o curso de Humanidades, talvez no Mosteiro de Santa Cruz, onde tinha um tio padre, D. Bento de Camões.

Ligado à nobreza, segue para Ceuta em 1549 e por lá fica até 1551. Era uma aventura comum na carreira militar dos jovens, recordada na elegia .

De regresso a Lisboa, não tarda em retomar a vida boémia. São-lhe atribuídos vários amores, não só por damas da corte mas até pela própria irmã do Rei D. Manuel I. No dia de Corpus Christi de 1552 entra em rixa, e fere um certo Gonçalo Borges. Preso, é libertado por carta régia de perdão de 7 de Março de 1553, embarcando para a Índia na armada de Fernão Álvares Cabral, a 24 desse mesmo mês.


Chegado a Goa, Camões toma parte na expedição do vice-rei D. Afonso de Noronha contra o rei de Chembe, conhecido como o "rei da pimenta". A esta primeira expedição refere-se a elegia "O Poeta Simónides falando". Depois Camões fixou-se em Goa onde escreveu grande parte da sua obra épica. Considerou a cidade como uma "madrasta de todos os homens honestos" e ali estudou os costumes de cristãos e hindus, e a geografia e a história locais. Tomou parte em mais expedições militares. Entre Fevereiro e Novembro de 1554 integrou a Armada de D. Fernando de Meneses, constituída por mais de 1000 homens e 30 embarcações, ao Golfo Pérsico, aí sentindo a amargura expressa na canção "Junto de um seco, fero e estéril monte". No regresso foi nomeado "provedor-mor dos defuntos nas partes da China" pelo Governador Francisco Barreto, para quem escreveria o "Auto do Filodemo".


Em 1556 partiu para Macau, onde continuou os seus escritos. Viveu numa gruta, hoje com o seu nome, e aí terá escrito boa parte d'Os Lusíadas. Naufragou na foz do rio Mekong, onde conservou de forma heróica o manuscrito da obra, então já adiantada (cf. Lus., X, 128). No desastre teria morrido a sua companheira chinesa Dinamene, celebrada em série de sonetos. É possível que datem igualmente dessa época ou tenham nascido dessa dolorosa experiência as redondilhas "Sôbolos rios".


Regressou a Goa antes de Agosto de 1560 e pediu a protecção do Vice-rei D. Constantino de Bragança num longo poema em oitavas. Aprisionado por dívidas, dirigiu súplicas em verso ao novo Vice-rei, D. Francisco Coutinho, conde do Redondo, para ser liberto.


De regresso ao reino, em 1568 fez escala na ilha de Moçambique, onde, passados dois anos, Diogo do Couto o encontrou, como relata na sua obra, acrescentando que o poeta estava "tão pobre que vivia de amigos" (Década 8.ª da Ásia). Trabalhava então na revisão de Os Lusíadas e na composição de "um Parnaso de Luís de Camões, com poesia, filosofia e outras ciências", obra roubada. Diogo do Couto pagou-lhe o resto da viagem até Lisboa, onde Camões aportou em 1570. Em 1580, em Lisboa, assistiu à partida do exército português para o norte de África.


Faleceu numa casa de Santana, em Lisboa, sendo enterrado numa campa rasa numa das igrejas das proximidades. Os seus restos encontram-se atualmente no Mosteiro dos Jerónimos.

Pinturas do Renascimento

 Michelangelo: A criação de Adão
 
nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli
[Piéta.jpg]
“A pietá” feito por Miguel Ângelo

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Renascimento, Humanismo e Classicismo

   É desenvolvido em Itália, nos finais do séc. VIV até meados do séc. XVI.
   Em Portugal apenas é manifesto na década de 30 do séc. XVI, com Sá de Miranda na Literatura.
   O Renascimento vem renovar as artes e as letras, pensamento, as ciências e o ensino.
   Estas mudanças provocam transformações a nível social, político e económico na Europa. O fundamento deste movimento é o Humanismo que consiste no estudo das humanidades, gramática e retórica, baseado nos autores gregos e latinos. Expressa e salvaguarda a dignidade do Homem.
  O Classicismo aparece como reflexo do renascimento nas artes e na literatura. Os autores gregos e latinos são admiradores de autores clássicos que se baseiam na perfeição e riqueza, também no engenho das suas obras e nas habilidades pessoais. No Classicismo busca-se o equilíbrio, simplicidade e elegância com origem Helénica latina.
  Em Portugal, na, literatura destaca-se António Ferreira tanto na poesia como na poética.